Compreendendo a Resistência aos Herbicidas: A Chave para o Manejo Sustentável das Plantas Daninhas
Entender a diferença entre suscetibilidade, tolerância e resistência é essencial para garantir a eficácia dos herbicidas e a saúde das lavouras a longo prazo.

O manejo eficiente de plantas daninhas depende diretamente do entendimento de como elas respondem aos herbicidas. Para o Comitê de Ação à Resistência aos Herbicidas (HRAC-BR), distinguir suscetibilidade, tolerância e resistência é um passo essencial para preservar a eficácia dos produtos e manter a sustentabilidade das lavouras.
✨ Plantas suscetíveis morrem com a dose recomendada; plantas tolerantes sobrevivem, mas não se reproduzem; plantas resistentes se multiplicam mesmo após a aplicação do herbicida.
Suscetibilidade: O Cenário Ideal
Quando uma planta daninha é suscetível, ela é eliminada após a aplicação correta do herbicida, garantindo um controle eficaz e previsível. Esse é o comportamento desejado pelos produtores e representa o funcionamento adequado do manejo químico.
Tolerância: Sobrevivência Sem Multiplicação
O que é tolerância?
A tolerância é uma característica genética natural da espécie. A planta sobrevive ao herbicida aplicado na dose normal, mas não consegue se reproduzir ou competir de maneira significativa.
Plantas tolerantes não são resultado de uso repetido ou incorreto de herbicidas. Elas simplesmente convivem com o produto sem desaparecer completamente da área tratada.
Resistência: O Maior Risco para as Lavouras
A resistência surge quando, ao longo do tempo, algumas plantas desenvolvem mecanismos capazes de impedir a ação do herbicida. Essas plantas sobrevivem, se reproduzem e dominam a área, tornando o controle químico ineficaz.
"“A resistência é um processo de seleção natural, e ignorá-la pode comprometer completamente a eficiência dos herbicidas”, alerta o HRAC-BR.
Ao se estabelecerem, populações resistentes elevam os custos de produção e podem exigir mudanças drásticas no manejo.
Como Evitar o Avanço da Resistência
- 1Alternar modos de ação de herbicidas
- 2Rotacionar culturas para quebrar ciclos de plantas daninhas
- 3Utilizar controle mecânico como apoio
- 4Evitar aplicações repetidas da mesma molécula
- 5Monitorar áreas com histórico de falhas no controle químico
Essas práticas integram o chamado manejo integrado, que busca reduzir a pressão de seleção natural e prolongar a vida útil dos herbicidas disponíveis no mercado.
Conclusão
Compreender as diferenças entre suscetibilidade, tolerância e resistência é fundamental para qualquer produtor que deseja manter a eficiência do controle químico. Uma abordagem estratégica e consciente permite maximizar resultados, reduzir riscos e garantir a sustentabilidade das lavouras no longo prazo.
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Leonardo Gottems
Jornalista especializado em Meio Ambiente
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