Aumento esperado nas exportações para a China
A importância do agronegócio na parceria Brasil-China

Em 2023, as exportações brasileiras para a China alcançaram o valor de US$ 104 bilhões, estabelecendo um recorde histórico pelo quarto ano consecutivo na relação comercial sino-brasileira. Setores como minério de ferro, soja e milho também apresentaram volumes de exportação recordes.
As perspectivas para 2024 são animadoras, coincidindo com o 50º aniversário das relações diplomáticas entre Brasil e China. Durante um webinar do Conselho Empresarial Brasil-China, representantes dos principais setores exportadores demonstraram otimismo. A China desempenha um papel crucial na mineração brasileira, recebendo 242 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023, sendo 76% desse total proveniente da Vale.
Gustavo Biscassi, Head de Relações Externas da Vale, prevê um cenário promissor em 2024 no mercado de minério de ferro, impulsionado pela retomada da indústria, investimentos em infraestrutura e políticas de descarbonização implementadas pela China, que apresenta uma demanda significativa por aço.
O agronegócio desempenha um papel essencial na relação Brasil-China, sendo a maior parte das exportações desse setor direcionada ao país asiático. A Diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, destaca a importância de manter a atual pauta exportadora, ao mesmo tempo em que busca diversificar os produtos. Apesar dos esforços da China em aumentar a produção nacional e diversificar fornecedores, as perspectivas comerciais são positivas devido à forte presença brasileira no mercado chinês. Mori ressalta o potencial do setor de proteína animal, especialmente a carne bovina, em linha com o aumento da renda na população chinesa.
Rodrigo Gedeon, Gerente Geral Ásia-Pacífico da ApexBrasil, destaca a necessidade de os exportadores brasileiros se adaptarem às mudanças na economia chinesa, enfatizando estratégias como regionalização, presença local e construção de imagem de marca. Ele encoraja os produtores, inclusive pequenas e médias empresas, a explorarem novas abordagens, como o e-commerce chinês, para ingressar no mercado.
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Leonardo Gottems
Jornalista especializado em Internacional
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