China permanece sendo uma opção vantajosa para o Brasil.
Desafios logísticos e políticos impedem exportadores brasileiros de conquistar mercado chinês

Os agroexportadores brasileiros têm na China seu principal mercado devido ao tamanho do consumo chinês, impulsionado pelo crescimento econômico e mudanças nos hábitos alimentares. Apesar de importar mais de 100 bilhões de dólares em alimentos anualmente, a China também é uma grande produtora agrícola. Com a segurança alimentar como prioridade em suas políticas, o país incentiva o aumento da produção interna, o que limita o crescimento das importações.
Emanuel Pessoa, advogado especializado em direito internacional, destaca que a exportação do agronegócio brasileiro para a China enfrenta desafios, que alguns produtores têm enfrentado, adaptando-se às exigências regulatórias rigorosas e buscando reduzir custos para se manterem competitivos frente à tributação. A China, como membro da Organização Mundial do Comércio, possibilita a utilização de mecanismos legais para lidar com possíveis taxações desproporcionais.
Os exportadores brasileiros encaram obstáculos na logística, autorização de exportação e questões políticas ao acessar o mercado chinês. A predominância do transporte ferroviário para o milho e a soja é destacada, mas o transporte rodoviário, ainda significativo, torna-se desafiador por ser mais lento, caro e ineficiente. Essa realidade reduz a margem de lucro dos produtores, limitando a acumulação de capital.
A acumulação de capital é essencial para a independência financeira dos produtores, possibilitando a redução das taxas de juros e incentivando investimentos em atividades relacionadas, como o beneficiamento e a industrialização. A melhoria na logística e a redução da burocracia têm o potencial de impulsionar as exportações de óleo e derivados de soja, em detrimento da soja bruta.
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Leonardo Gottems
Jornalista especializado em Internacional
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