Como reduzir a emissão de gases de efeito estufa?
Pesquisadores divulgam indicadores para o setor em conferência com participação de cerca de 400 especialistas

As ostras, os mexilhões e as vieiras contribuem para o armazenamento de carbono em suas conchas, o que os caracteriza como um sistema sustentável por sequestrar um dos gases do efeito estufa atmosférico. Com isso, a malacocultura não só não emite esses gases, mas também auxilia no equilíbrio natural, colaborando assim para a segurança alimentar e o crescimento econômico do país, atendendo à crescente demanda por proteína animal.
Essas informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em uma série de pesquisas lançadas nesta sexta-feira (9), que abordam os fatores de emissão e remoção de gases do efeito estufa na pecuária e agricultura brasileiras. Cerca de 400 pesquisadores apresentaram indicadores, muitos deles inéditos, considerando o tipo de cultivo e os diversos biomas presentes no país, fornecendo uma visão abrangente dos sistemas produtivos.
A ministra Tereza Cristina destacou a importância dessas informações no contexto de eventos climáticos importantes em 2021 e ressaltou a relevância das coletâneas para quantificar com precisão as emissões nacionais. A diretora do Mapa, Mariane Crespolini, explicou que as coletâneas oferecem dados específicos para a agropecuária tropical do Brasil, que também podem ser úteis para países com condições semelhantes.
Esses dados são essenciais para direcionar políticas públicas de combate às mudanças climáticas e são fundamentais para proporcionar transparência à sociedade. Além disso, as pesquisas abrangem diversos setores, como cana-de-açúcar, grãos, sistemas integrados de produção, florestas plantadas, ruminantes e não ruminantes, entre outros, apresentando uma visão abrangente e atualizada da agropecuária brasileira.
A agropecuária no Brasil tem passado por transformações significativas nas últimas décadas, reduzindo expressivamente as emissões de gases do efeito estufa por unidade de carne ou leite produzidos. A integração da produção, especialmente por meio do modelo de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), tem sido determinante nesse cenário, possibilitando a mitigação das emissões e o desenvolvimento de uma carne carbono neutra, alinhada com as tendências globais de produção sustentável.
Portanto, as coletâneas lançadas pelo Mapa reúnem o que há de mais atual em dados nacionais, apoiando a revisão do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e fortalecendo as estratégias para uma agropecuária cada vez mais sustentável. Esse trabalho conjunto entre pesquisa, governo e setor privado é fundamental para promover a inovação e o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário brasileiro.
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Eliza Maliszewski
Jornalista especializado em Meio Ambiente
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