Governo estabelece sanções para falhas no financiamento agrícola
Instituições com desembolso abaixo do esperado terão limite de crescimento na próxima safra

As instituições financeiras que não utilizaram eficazmente os recursos equalizados do Plano Safra 2023/24 serão submetidas a restrições na distribuição dos valores para a próxima temporada. O Ministério da Fazenda não apenas levará em consideração quais instituições têm spreads mais baixos nas linhas de financiamento agrícola, mas também examinará o desempenho delas neste ciclo e limitará o aumento do repasse de recursos na temporada seguinte para aquelas que não cumpriram as metas estabelecidas.
Aquelas que empregaram 70% ou mais dos recursos subsidiados conforme o planejado para a safra 2023/24 não terão restrições para aumentar suas quotas na temporada 2024/25. Para elas, será aplicada a regra geral atual que permite que um banco tenha até 30% dos limites equalizáveis de cada linha do Plano Safra.
Por outro lado, as instituições que utilizaram entre 40% e 70% da programação original para 2023/24 poderão aumentar seus montantes em até 40% na temporada seguinte. Já aquelas que usaram menos de 40% dos recursos disponibilizados poderão receber um aumento de até 25%.
A equipe econômica analisará as aplicações realizadas nos três primeiros trimestres da safra, cruzando informações com o Banco Central e levando em conta as estimativas de cada instituição financeira para o trimestre que terminará em junho.
Até o momento, 12 instituições ultrapassaram o limite de 70% de aplicações e poderão expandir seus montantes equalizáveis sem restrições, enquanto outras cinco poderão aumentar seus recursos em até 40% e quatro terão sua expansão limitada a 25%. Para a temporada atual, 21 instituições receberam limites equalizáveis.
O objetivo principal é assegurar que o crédito chegue efetivamente aos produtores rurais e o Ministério da Fazenda está tomando medidas para direcionar melhor os recursos, evitar concentrações em determinadas regiões ou instituições e promover uma liberação mais eficiente do crédito subsidiado.
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Por Rafael Walendorff — Brasília
Jornalista especializado em Agronegócio
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