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economia
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Comemoração em São Paulo do Dia do Feirante com 960 feiras e milhares de postos de trabalho

Profissionais que levam alimentos frescos à população são homenageados pela dedicação e impacto social

João Nogueira25 de agosto de 2024 às 20:07
Comemoração em São Paulo do Dia do Feirante com 960 feiras e milhares de postos de trabalho

Neste domingo (25), o Dia do Feirante destacou a importância das feiras livres, responsáveis por aproximar produtores e consumidores e preservar uma tradição presente em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, onde surgiu a primeira feira do país, existem atualmente 960 feiras apenas na capital, movimentando a economia e gerando cerca de 70 mil empregos.

São Paulo mantém 960 feiras livres e mais de 70 mil empregos ligados ao setor.

Além de oferecer produtos frescos, as feiras mantêm viva a relação comunitária e o contato humano que marcam essa atividade. Para muitos feirantes, o ambiente descontraído é parte fundamental da experiência, atraindo clientes com humor e criatividade.

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“Às vezes estamos descontraídos, e a feira é assim mesmo. A gente brinca que a fruta é joia, o abacaxi é doce. É uma forma de atrair os clientes”

Milton Soares dos Santos, feirante há 40 anos

Rotina intensa e laços que atravessam gerações

Assim como os produtores rurais, os feirantes enfrentam jornadas duras, começando antes do amanhecer para garantir produtos de qualidade à população. A dedicação é representada por histórias como a de Dona Judite Barros, de 83 anos, que atua há 45 anos e mantém vínculos profundos com seus clientes.

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“Tenho cliente que eu vi nascer, já casou e traz os filhos para eu ver. Levanto 1 hora da manhã e não tem hora para chegar nem para sair”

Judite Barros, feirante

Como surgiram as feiras em São Paulo

As feiras livres paulistas começaram em 1914 como resposta a uma crise de abastecimento de frutas e verduras. O modelo se consolidou como um marco na cidade, fortalecendo a economia e incentivando o consumo de alimentos frescos.

Hoje, os feirantes pedem maior reconhecimento oficial para a atividade, defendendo que as feiras sejam regulamentadas por lei e não apenas por decreto, garantindo segurança jurídica e valorização.

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“Se a feira for instituída como lei, teremos mais respaldo e reconhecimento, para que a alegria nunca se ausente daqui”

Katia Mourão, diretora de Comércio Varejista no Sindicato dos Feirantes de São Paulo
  • 1Rotina começa de madrugada para montagem das barracas
  • 2Contato direto com os clientes fortalece vínculos comunitários
  • 3Desafios incluem carga pesada, longas jornadas e negociações diárias

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