Manejo Preventivo de Plantas Daninhas: A Chave para a Produtividade no Milho Subtropical
Estratégias corretivas, como o uso de herbicidas pós-emergentes, podem prejudicar o desempenho do milho. O manejo preventivo é essencial para evitar perdas e estresse nas plantas.

A presença de plantas daninhas 'no limpo' em sistemas de plantio direto é um desafio constante nas lavouras de verão, especialmente nas regiões subtropicais. Para lidar com esse problema, é crucial que os produtores adotem estratégias de manejo herbicida bem planejadas e preventivas.
Guilherme Oliveira, desenvolvedor de produtos para milho na GDM Seeds, destaca que, ao focar na prevenção, é possível evitar perdas de produtividade e minimizar os riscos de fitotoxicidade.
Cuidado com o Uso de Herbicidas Pós-Emergentes
Embora o uso de herbicidas pós-emergentes seja uma prática comum no controle de plantas daninhas, esse método corretivo pode ser prejudicial para o milho. A aplicação pós-emergente pode gerar sintomas de sensibilidade, especialmente quando combinada com doses elevadas, formulações agressivas e condições climáticas que favorecem maior absorção do produto.
Apesar de eliminar as daninhas, esse tipo de manejo gera alto custo biológico para o milho, causando estresse e comprometendo o desempenho produtivo da lavoura.
A Importância da Dessecação Antecipada e dos Herbicidas Pré-Emergentes
As recomendações técnicas apontam que a dessecação antecipada, antes do plantio, é fundamental para evitar problemas com plantas daninhas. Nessa etapa, o uso de herbicidas sem residual — aqueles que não prejudicam a germinação do milho — é essencial para garantir um bom arranque inicial da cultura.
Outra estratégia eficaz é o sistema 'Plante e Aplique', que une o plantio à aplicação de herbicidas pré-emergentes. Essa técnica controla o banco de sementes presente no solo, prevenindo novos fluxos de germinação e reduzindo significativamente a competição por água, luz e nutrientes no período mais crítico da cultura.
Manejo Preventivo: Uma Etapa Estratégica no Cultivo do Milho
O manejo preventivo não deve ser visto apenas como uma operação de campo, mas como uma etapa estratégica. A escolha correta de herbicidas e métodos de aplicação garante não só o controle eficiente das daninhas, mas também protege o potencial produtivo do milho.
Evitar estresse desnecessário e reduzir riscos de fitotoxicidade são passos fundamentais para alcançar altos patamares de produtividade.
Conclusão
O sucesso no manejo de plantas daninhas está no planejamento preventivo, que vai além do simples controle. Como reforça Guilherme Oliveira, é essencial adotar um manejo que equilibre eficiência, sustentabilidade e proteção da cultura.
As decisões tomadas ao longo do ciclo — da dessecação antecipada ao uso criterioso de herbicidas pré-emergentes — são determinantes para garantir uma safra saudável, produtiva e com mínimo risco de fitotoxicidade.
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Leonardo Gottems
Jornalista especializado em Agronegócio
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