Governo assegura safra de trigo e anuncia incentivos aos produtores de arroz no RS
Ministro da Agricultura discute medidas de apoio aos agricultores de Mato Grosso durante encontro com representantes do setor supermercadista em São Paulo

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo não identifica, no momento, ameaças à safra de trigo no Rio Grande do Sul. Durante sua participação em um evento do setor de supermercados em São Paulo, ele enfatizou que o plantio do cereal no estado não está atrasado, podendo ser realizado até julho.
Embora alguns produtores tenham enfrentado problemas, como perda de equipamentos e questões relacionadas ao solo, não há preocupações imediatas quanto à possibilidade de áreas ficarem sem trigo. O ministro acredita que há tempo suficiente para iniciar a reconstrução e o plantio da safra.
A Conab projeta uma redução de 10,6% na área plantada de trigo no Rio Grande do Sul em 2024, em comparação com o ano anterior. No entanto, estima-se um aumento significativo de 44,5% na produção, chegando a 4,18 milhões de toneladas.
Devido às chuvas intensas, o plantio do trigo nas regiões mais quentes do estado poderá ter um pequeno atraso, conforme destacado pela Conab em seu relatório de monitoramento da safra de grãos de maio.
Fávaro também mencionou que o Governo Federal está preparando uma medida provisória com benefícios para os produtores de arroz do Rio Grande do Sul, buscando acalmar os agricultores após a autorização para a importação de um milhão de toneladas do cereal. Medidas cautelosas estão sendo adotadas para lidar com os riscos de especulação e abastecimento.
Quanto à oferta nacional de arroz, o ministro informou que o Rio Grande do Sul aumentou em 7% a área plantada nesta temporada, esperando uma colheita 4% maior, apesar dos impactos das enchentes.
Além disso, está sendo estudada a criação de um gabinete itinerante no Rio Grande do Sul para auxiliar na recuperação da agropecuária após as enchentes. Após as primeiras medidas emergenciais, como linhas de crédito, o gabinete será instalado temporariamente no estado para diagnosticar problemas e buscar soluções em conjunto com os produtores e autoridades locais.
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Por Cleyton Vilarino — São Paulo
Jornalista especializado em Agronegócio
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