Governo do Rio grande do Sul monitora 9 mil contratos de seguro rural
Contratos predominantes na cultura da soja de plantio mais tardio no Rio Grande do Sul.

O Ministério da Agricultura, por meio da equipe do Departamento de Gestão de Risco, está acompanhando de perto cerca de nove mil contratos de seguro rural feitos por produtores gaúchos para a safra de verão 2023/24, os quais contam com subvenção federal. Estes contratos abrangem 616,1 mil hectares distribuídos por 388 municípios no Rio Grande do Sul e apresentam potencial de sinistros, conforme levantamento realizado. O valor segurado nessas áreas ultrapassa os R$ 3,8 bilhões, com um total de R$ 298,1 milhões arrecadados em prêmios e R$ 73,8 milhões em subvenções concedidas pelo governo.
Embora o Ministério não disponha de informações detalhadas sobre as áreas ainda em processo de colheita, o levantamento destaca o risco potencial de sinistralidade para a produção. Os contratos são predominantemente relacionados à cultura da soja de plantio mais tardio no estado, sem informações precisas sobre as áreas afetadas pelas chuvas, o progresso da colheita, ou o potencial de danos nas plantas ainda em campo.
Diante deste cenário, o Ministério tem mantido comunicação direta com as seguradoras, instruindo-as a priorizar o atendimento nas regiões afetadas pelas enchentes. As seguradoras já mobilizaram equipes, peritos e profissionais para atuação emergencial. Paralelamente, foi solicitado um levantamento dos sinistros acionados pelos produtores no estado.
Apesar da área "sob risco" representar a maior parte do que foi segurado com subvenção federal nesta safra, corresponde a menos de 10% dos 6,6 milhões de hectares de soja cultivados no Rio Grande do Sul. A antecipação da colheita, com cerca de 70% das lavouras já colhidas, tem sido um fator que reduz a previsão de sinistralidade e pagamento de indenizações. Além disso, a diminuição na contratação de seguros no estado, a restrição de produtos oferecidos pelas seguradoras e o aumento de preços desde a safra 2021/22 contribuem para amenizar a situação, juntamente com o fato de que a região mais afetada, a Serra Gaúcha, não se encontra em período de produção de frutas.
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Por Rafael Walendorff — Brasília
Jornalista especializado em Agronegócio
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