No primeiro trimestre de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um patamar histórico ao alcançar US$ 37,44 bilhões, conforme divulgado pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa). Esse resultado representa um aumento de quase 4,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O destaque desse recorde foi a expansão da quantidade embarcada, que cresceu significativamente, compensando a queda nos preços dos produtos, que diminuíram em 8,8%.

O Brasil consolida sua posição como líder global no setor agrícola ao demonstrar capacidade de suprir a demanda mundial por alimentos e commodities. O desempenho recorde foi impulsionado pelas exportações robustas de açúcar, com um aumento de US$ 2,52 bilhões, seguido pelo algodão, que teve um acréscimo de US$ 997,41 milhões, e o café verde, com um acréscimo de US$ 563,64 milhões. Esses resultados positivos compensaram as quedas nas exportações de milho, soja em grãos e óleo de soja.

Apesar do sucesso no acumulado do trimestre, as exportações de março de 2024 totalizaram US$ 14,21 bilhões, uma queda de 10,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse declínio foi atribuído à redução nos preços internacionais dos alimentos, que caíram 11,9%, apesar do aumento de 1,3% na quantidade exportada nesse período.

No mês de março, os cinco principais setores exportadores foram: complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café, representando juntos 83,4% do valor total exportado pelo Brasil. Apesar de uma queda de 23,0%, a China permaneceu como o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, evidenciando a importância contínua desse mercado para o setor.