Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos, acredita-se que o pior momento para o mercado brasileiro de máquinas agrícolas já tenha passado, já que houve uma redução de 36,9% na receita do primeiro trimestre. Mesmo com a perspectiva de melhora, a recuperação dos preços deve demorar, sendo esperado um aumento no valor das commodities somente a partir de 2025 ou 2026. A Abimaq prevê uma queda de 15% no setor para o ano e destaca que a falta de recursos do Plano Safra a juros baixos já indicava dificuldades. O otimismo também é impulsionado pela projeção de aumento da área e da produção no Brasil, o que deve impulsionar a demanda por máquinas agrícolas. No entanto, a previsão da Abimaq para o segmento em 2024 deve ser revisada para baixo, mas somente após o encerramento das feiras agrícolas do primeiro semestre, como a Agrishow. Mesmo com um ambiente de negócios promissor na feira, muitas transações devem ser finalizadas no segundo semestre, com taxas de juros mais baixas. Bastos destaca que, apesar da visitação significativa, os negócios pré-acordados na feira devem ser concretizados posteriormente. O presidente ressalta os motivos para otimismo, como a boa safra de milho, cana-de-açúcar, laranja, café, arroz e algodão, indicando que soja e milho representam 60% do mercado de máquinas no Brasil.