Rio Grande do Sul: responsável por 70% da produção nacional de milho
No final do século XIX, o arroz ganhou destaque no Brasil com a popularização do prato tradicional "arroz com feijão", que hoje está presente na mesa de um quarto da população do país. Com mais da metade da produção nacional concentrada no Rio Grande do Sul, estado que enfrenta desafios climáticos, surge a dúvida: haverá escassez de arroz em 2024?
De acordo com o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2023/24, serão produzidas 10,6 milhões de toneladas de arroz no Brasil, provenientes de uma área de 1,544 milhão de hectares. Esse volume é resultado de dois tipos de culturas: as de sequeiro, que privilegiam variedades resistentes à seca e de baixo consumo de água, e as irrigadas, que demandam grande quantidade de água.
A produção total será 5,3% maior do que na safra anterior, com o Rio Grande do Sul respondendo por mais de 70% do total nacional, estimando-se uma colheita de 7,4 milhões de toneladas. Outros estados produtores significativos são Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Paraná.
Apesar das adversidades climáticas enfrentadas pelo Rio Grande do Sul, a Federação dos Arrozeiros do estado garante que não faltará arroz no mercado brasileiro. Mesmo com as dificuldades decorrentes das chuvas intensas, a produção atenderá à demanda interna sem a necessidade de importação.
O presidente da Federarroz destaca a logística como um desafio atual na distribuição da produção. A empresa Camil, maior produtora de arroz do país, assegura que, apesar das limitações logísticas, está mantendo o abastecimento do arroz e do feijão em todo o país.