Uma égua que ficou ilhada por quatro dias durante as enchentes no Rio Grande do Sul foi resgatada por membros do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo. O animal foi sedado e colocado em um bote depois de permanecer de pé no telhado de uma casa cercada por água em Canoas (RS), o que gerou comoção nas redes sociais.

O Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD) informou que mais de 2 mil animais já foram resgatados desde o início das enchentes no Sul do país, em abril. Além da égua chamada Caramelo, outros animais, como cachorros, gatos, galinhas e porcos, foram resgatados. A logística das operações envolve diversos profissionais, e os animais resgatados estão passando por uma triagem inicial após períodos prolongados de jejum e exposição ao risco de hipotermia.

O GRAD precisa de voluntários para ajudar nos resgates e também de doações para oferecer melhores condições aos animais já salvos, incluindo casinhas e caminhas para enfrentar o frio e medicações antipulga. Além disso, o grupo solicita vacinas para cães, leitores de microchip animal e recebe doações através da chave Pix fornecida nas redes sociais.

A veterinária Carla Sássi, que atua como voluntária do GRAD, relata que outro cavalo foi encontrado ilhado na mesma cidade onde Caramelo estava. Após receber cuidados, o cavalo precisou ser resgatado por uma aeronave devido à distância e à impossibilidade de removê-lo pela água.

Luisa Mell, ativista e defensora dos animais, também participou dos resgates e enfrentou desafios como bichos acorrentados e janelas trancadas. Em alguns casos, os tutores precisaram embarcar nos botes para acalmar os animais e garantir a segurança de todos. Luisa destaca a importância de encontrar lares temporários ou definitivos para os animais resgatados após as enchentes.