Onda de calor e tragédia no RS reacendem debate climático em Goiás

Pequenos agricultores goianos recebem suporte para diversificar produção

Onda de calor e tragédia no RS reacendem debate climático em Goiás

O intenso calor de Rio Verde (GO) contrasta com a situação no Rio Grande do Sul, onde a bolha de ar seco no Centro-Oeste está impedindo a umidade de chegar do Sul do país, resultando em mais de 15% de perda na soja plantada e colhida em Goiás. Para evitar queimadas, acelerou-se a colheita de milho de verão. A preocupação com as perdas na agropecuária gaúcha estimula a busca por soluções de resiliência e adaptação climática.

Os altos índices de temperatura em 2023 têm causado danos irreversíveis às culturas, como a soja, devido ao impacto do calor na parte aérea das plantas e no sistema radicular. Esse cenário tem levado os produtores locais a discutir soluções de adaptação e resiliência climática. A necessidade de considerar as mudanças climáticas no agronegócio foi destacada por pesquisadores, que enfatizaram a importância do reflorestamento para conter o aumento das temperaturas e seus impactos no sistema agropecuário.

Em Goiás, os pequenos produtores recebem apoio de instituições públicas para se adaptarem às mudanças. Por exemplo, pesquisadores da Embrapa e da Emater Goiás desenvolveram um método para avaliar os impactos das atividades de propriedades familiares no meio ambiente, visando melhorar os resultados agronômicos. Agricultores familiares ligados à Aproar, em Anápolis (GO), estão sendo beneficiados com essa iniciativa, que visa aprimorar a produção de hortaliças, frutas, feijão e outros produtos através de práticas agroecológicas adequadas.