Participação do setor de ocupações no total do Brasil atinge quase 27% nos primeiros três meses do ano
No primeiro trimestre de 2024, o número de pessoas ocupadas no agronegócio brasileiro atingiu 28,6 milhões, o que representa um recorde em comparação aos dados desde 2012, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A participação do agronegócio no total de empregos no Brasil foi de 26,85% nos primeiros três meses deste ano, comparado a 26,67% no mesmo período de 2023.
De acordo com o Cepea, o número de pessoas empregadas no agronegócio aumentou em 3% (cerca de 827 mil pessoas) entre janeiro e março de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, um crescimento superior ao registrado para o Brasil, que foi de 2,3% (aproximadamente 2,38 milhões de pessoas).
Os pesquisadores do Cepea/CNA explicam que esse aumento está principalmente ligado ao crescimento de 9,9% no número de trabalhadores atuando em agrosserviços, área com o maior número de profissionais que desempenham diversas funções que atendem diferentes áreas do agronegócio, incluindo transporte, armazenamento, comércio e serviços jurídicos, administrativos e contábeis. Além disso, houve um aumento de 3,4% na população empregada nas agroindústrias.
O aumento de empregados no agronegócio no primeiro trimestre de 2024 foi impulsionado por trabalhadores, especialmente os contratados com carteira assinada (refletindo maior formalização no emprego), por indivíduos com níveis educacionais mais elevados (tendência observada no setor ao longo da série histórica) e por mulheres (com um aumento da representatividade feminina nesse período).