Soja: Preços em alta no Brasil devido a repiques de Chicago e valorização do dólar
A oscilação dos valores da soja foi notada esta semana nos principais centros de comercialização no Brasil. Segundo os dados da consultoria Safras & Mercado, as transações também se intensificaram, mesmo que englobassem operações específicas e tirassem proveito dos aumentos em Chicago e no dólar, que encerraram a semana de forma otimista. Os bônus também continuam consistentes, impulsionando o comércio.
Os bônus de exportação estão em alta, o que contribuiu para manter os preços Fob estáveis.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais ativos, tiveram um aumento de 0,84% na semana, sendo negociados na manhã de sexta-feira (23) a US$ 9,65 por bushel. A dinâmica do mercado foi influenciada por compras técnicas, com os participantes aproveitando a queda recente - os contratos atingiram os níveis mais baixos desde 2020 na semana anterior para ajustar portfólios.
Outro fator que contribuiu para a alta foram os sólidos números de exportação e as vendas anunciadas pelos Estados Unidos. Com a queda, os produtos americanos se tornaram mais competitivos. No entanto, os fundamentos continuam sendo de baixa. Com a colheita se aproximando, há indicações de que a safra dos Estados Unidos estabelecerá um novo recorde, alcançando cerca de 1265 milhões de toneladas.
Durante esta semana, o mercado acompanhou de perto a tradicional excursão agrícola da Pro Farmer, com as amostras confirmando uma produtividade acima da média nos principais estados produtores americanos. O dólar comercial também valorizou em relação ao real, beneficiando as transações de soja. A moeda americana registrou um aumento semanal de 2,22% até a manhã de sexta-feira, atingindo R$5,59. Apesar da pequena melhoria desta semana, o cenário continua desfavorável para a soja.
Diante dessa situação, o analista e consultor da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, sugere que os produtores utilizem as ferramentas disponíveis para garantir uma comercialização mais segura.
“Os produtores precisam aproveitar os momentos de oportunidade, como o desta semana, para realizar negociações”, enfatiza.