Participação do Rio Grande do Sul corresponde a 15% da produção nacional no segmento
As últimas enchentes no Rio Grande do Sul representam uma ameaça significativa para a atividade apícola, que é predominantemente conduzida por pequenos produtores. Com as chuvas recentes, muitas colmeias foram cobertas ou destruídas, agravando a situação adversa que já vinha sendo enfrentada desde as inundações de setembro do ano anterior.
De acordo com Patric Luderitz, vice-presidente da Fargs e coordenador da Câmara Setorial de Apicultura e Meliponicultura do Estado, estima-se que cerca de 10% da população de abelhas foi perdida devido às enchentes, resultando na destruição de milhares de colmeias. Essa realidade catastrófica está sendo confirmada à medida que os danos são avaliados.
A produção de mel no Rio Grande do Sul, que corresponde a 15% da produção nacional, enfrentará um período de recuperação que pode levar pelo menos dois anos, de acordo com Luderitz. O apicultor Ede Nelson Beck, por exemplo, calcula ter perdido centenas de colmeias devido às inundações, o que impactará significativamente a produção no município de Cachoeira do Sul.
Diante desse cenário desafiador, os apicultores enfrentam dificuldades para restabelecer suas atividades, especialmente com a escassez de alimentos para as abelhas. A esperança reside nas próximas floradas, que poderão contribuir para a recuperação dos enxames. No entanto, até que essa melhora ocorra, será necessário alimentar artificialmente as abelhas, o que indica que a produção de mel no Estado será consideravelmente reduzida, com a possibilidade de não haver produção neste ano.