Preços do cacau e do açúcar têm queda significativa em Nova York
Algodão inicia sessão em alta, enquanto café mantém estabilidade

Os contratos futuros de cacau continuam em forte oscilação, operando em baixa de 4,5% a US$ 7.344 a tonelada, na bolsa de Nova York, após uma alta de mais de 7% na última sessão. As oscilações são atribuídas à movimentação dos gestores de fundos, mantendo os fundamentos inalterados. A consultoria Zaner Group destaca que ainda é esperado um grande déficit na produção global para 2023/24, enfatizando a necessidade de chuvas na África Ocidental para melhorar a produção.
Com base nas estimativas mais recentes da Organização Internacional do Cacau (ICCO), é previsto um déficit de 374 mil toneladas da amêndoa para este ciclo, que se encerra em outubro. Com a indicação de que a inflação está perdendo força nos EUA, o consumo de cacau pode permanecer aquecido, dificultando uma recuperação nas cotações no longo prazo.
A oferta de açúcar no Brasil, maior exportador mundial, continua a influenciar a queda nos preços da commodity na bolsa. Os contratos do demerara para julho registram uma queda de 2%, atingindo 18,12 centavos de dólar por libra-peso. A produção de açúcar nas usinas do Centro-Sul totalizou 1,84 milhão de toneladas na segunda metade de abril, acumulando 2,56 milhões de toneladas no ano, um aumento de 65,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Unica.
No mercado de algodão, observa-se uma recuperação pela manhã, com os lotes para julho alcançando 76,20 centavos de dólar por libra-peso, um aumento de 1%. Enquanto os contratos do café arábica permanecem estáveis a US$ 1994 a libra-peso, a expectativa gira em torno dos impactos do clima, como o frio do inverno e o calor acima da média no Brasil, de acordo com Ricardo Schneider, presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG).
O início da colheita de café arábica também influenciou a baixa em Nova York, com os trabalhos progredindo para 10% da estimativa de produção. Algumas regiões mais avançadas são Paulista (Graça), Zona da Mata de Minas Gerais e Noroeste do Paraná, onde a colheita atinge entre 5% e 10%.
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Por Fernanda Pressinott e Paulo Santos — São Paulo
Jornalista especializado em Agronegócio
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