Avanços no cultivo de variedades de inverno: como está o desenvolvimento das culturas?

Desafios enfrentados pelas colheitas de aveia branca, cevada e canola diante da chuva

Avanços no cultivo de variedades de inverno: como está o desenvolvimento das culturas?

Devido às condições climáticas desfavoráveis, as colheitas de aveia branca, cevada e canola no Rio Grande do Sul estão enfrentando desafios significativos, conforme indicado pelo recente relatório da Emater/RS-Ascar. As culturas foram impactadas por chuvas intensas, ventos e baixa qualidade dos grãos, levando os agricultores a adotarem medidas para reduzir as perdas.

Na fase final da colheita da aveia branca, observa-se que a qualidade do grão está insatisfatória em muitos casos. Na região de Frederico Westphalen, por exemplo, 90% da área já foi colhida, mas as produtividades estão 39% abaixo das expectativas iniciais devido ao acamamento das lavouras causado por chuvas e ventos intensos. Alguns trabalhos nem sequer serão colhidos devido à qualidade comprometida, sendo destinados à alimentação animal.

Quanto à cevada, a colheita está avançando para a fase final, mas a produção não atende aos padrões necessários para a maltaria. Na região de Erechim, 80% dos cultivos já foram colhidos, enquanto os 20% restantes aguardam melhores condições climáticas para maturação. Com a baixa qualidade dos grãos, a produção está sendo direcionada para forragem, com uma produtividade esperada de cerca de 1.800 kg/ha e preço correspondente a 80% da cotação do milho.

No caso da canola, a colheita está próxima do fim e tem apresentado resultados econômicos mais positivos nesta safra em comparação com outras culturas de inverno. Na região de Ijuí, 87% da colheita já foi concluída, porém há falhas na formação dos grãos nas síliquas do terço superior das plantas. Em Santa Rosa, apesar da retomada da colheita devido ao clima favorável em setembro, as chuvas excessivas resultaram em perdas significativas na produtividade, chegando a 15% da média inicialmente esperada. Diante dos danos causados pelo excesso de precipitações, os agricultores estão recorrendo ao amparo do Proagro para os trabalhos financiados.