Segundo Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, as mudanças no cenário econômico dos Estados Unidos refletem no Brasil, impactando as expectativas de corte da Selic e da taxa de juros no país. Ele ressaltou que a previsão de cortes de juros diminuiu e a taxa final de juros para o Brasil será maior do que o esperado anteriormente. O Boletim Macrofiscal da SPE também aumentou as projeções de crescimento do PIB para 2024, passando de 2,2% para 2,5%.

Mello destacou que houve revisões constantes desde fevereiro, com aumento nas expectativas de crescimento do PIB, mas também um leve aumento nas projeções de inflação, devido à desvalorização cambial e possíveis impactos da situação no Rio Grande do Sul. A projeção da inflação medida pelo IPCA para 2024 foi revista para cima, passando de 3,50% para 3,70%, e para 2025, de 3,10% para 3,20%.

O secretário justificou que essas projeções consideram os efeitos do câmbio depreciado nos preços e das chuvas no Rio Grande do Sul. Ele ressaltou que a aceleração da inflação nos próximos meses será temporária, principalmente nos preços de alimentos. Além disso, o boletim revisou para cima a projeção de crescimento do PIB para 2024, impulsionada pelo crescimento das vendas no varejo, dos serviços prestados às famílias, pela geração de empregos líquidos e pelas concessões de crédito.