Como retirar grãos de um silo inundado sem comprometer a saúde e segurança

Riscos de estruturas danificadas para funcionários e produção

Como retirar grãos de um silo inundado sem comprometer a saúde e segurança

Produtores e cooperativas gaúchas estão começando a avaliar os danos em silos de grãos, porém a calamidade no Rio Grande do Sul ainda não chegou ao fim. Mais de 4,8 mil unidades armazenadoras, com capacidade de 1 milhão de toneladas, estão sendo afetadas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As estruturas comprometidas representam um sério risco para os funcionários devido à possibilidade de colapso decorrente da expansão dos grãos devido à inundação, além do risco de explosão. Os grãos cheios também fermentam e liberam gases tóxicos potencialmente letais. Por isso, especialistas recomendam práticas seguras para lidar com os armazéns.

Entre as recomendações, destaca-se o isolamento da área para evitar acidentes devido aos gases nocivos produzidos pela decomposição dos grãos. É importante aguardar a baixa da água e consultar os fabricantes dos silos e sistemas afetados para avaliar danos e capacidades. Para estruturas sem assistência do fabricante, a orientação é contatar um engenheiro civil especializado.

Outros espaços confinados, como poços de elevadores e túneis de moegas, também requerem cuidados especiais devido aos gases inodoros que podem causar desmaios. Empresas como a Kepler Weber estão realizando avaliações gratuitas das unidades construídas por elas no Rio Grande do Sul.

Após a avaliação técnica e liberação por profissional qualificado, os silos podem ser descarregados de forma segura. A remoção de grãos compactados, a preservação dos grãos secos e a atenção às estruturas são essenciais para evitar danos maiores. É crucial descartar grãos encharcados e aproveitar apenas os secos e sem agentes patogênicos.

As autoridades ainda estão avaliando o impacto das enchentes e inundações nas estruturas de armazenagem de grãos do Estado, principalmente soja e arroz nos armazéns mais afetados na região central do Estado.