Crédito de carbono: produtores do Paraná lucram com ações sustentáveis
Pequenos agricultores do norte do estado recebem benefício e geram receita de R$ 35 mil

Um programa inovador de proteção ambiental, desenvolvido por uma incubadora de tecnologia em Maringá (PR), premia financeiramente os produtores rurais que se dedicam voluntariamente à preservação e conservação dos ecossistemas do Paraná. Com foco no desenvolvimento rural sustentável, a iniciativa estabelece uma ponte entre empresas certificadas para gerar e comercializar créditos de carbono. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono, sendo que um hectare de mata preservada pode gerar até 30 créditos, com custo médio de US$ 5 no mercado internacional.
Para participar, os produtores rurais interessados devem estar inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que detalha a localização, forma, dimensão e áreas de preservação de suas propriedades. Após a avaliação da preservação do bioma local, a propriedade recebe um certificado digital habilitando-a a receber créditos de carbono e, consequentemente, uma premiação financeira. A comercialização dos créditos pode ser feita diretamente entre comprador e vendedor ou por meio de consultoria especializada, seguindo as regras do mercado secundário regulado pela bolsa de valores.
No âmbito do programa de incentivo à economia verde da incubadora de tecnologia, os agricultores do Paraná recebem R$ 280 por hectare de mata preservada anualmente. Recentemente, cerca de 10 agricultores do norte do estado foram beneficiados, resultando em uma receita de R$ 35 mil. Com as regras estabelecidas durante a COP 26 em Glasgow, o crédito de carbono se mostra como uma ferramenta importante para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, combatendo o aquecimento global.
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BOCA
Jornalista especializado em Meio Ambiente
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