Produtos biológicos contribuem para a redução das emissões de carbono

Transformação eficiente de nitrogênio pelo microorganismo para absorção pelas plantas.

Produtos biológicos contribuem para a redução das emissões de carbono

Durante a última Cúpula de Ação Climática da ONU, o Brasil reafirmou seu compromisso ambiental, visando a redução expressiva das emissões de gases de efeito estufa até 2030. Enfrentando esse desafio, a startup Symbiomics está introduzindo uma nova linha de produtos biológicos que não só aumentam a produtividade, mas também combatem as emissões do agronegócio.

Rafael de Souza, CEO da Symbiomics, ressalta a importância dessa abordagem biotecnológica, especialmente diante da contribuição do agronegócio, que é responsável por até 15% das emissões globais de gases de efeito estufa. A startup está focada em Pesquisa & Desenvolvimento, utilizando tecnologias avançadas de microbioma, genômica e análise de dados para criar soluções sustentáveis em nutrição vegetal, biocontrole, sequestro de carbono e bioestimulantes.

A tecnologia da Symbiomics se baseia no uso de microrganismos para fornecer nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, para as plantas ao longo de seu ciclo de crescimento. Essa abordagem inovadora reduz a dependência de produtos químicos, em particular dos fertilizantes nitrogenados que são responsáveis por uma parte significativa das emissões globais.

Jader Armanhi, cofundador e COO da startup, explica que a solução com microrganismos solubilizadores de fósforo oferece um suprimento tecnologicamente avançado para a adubação fosfatada, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Além de diminuir a necessidade de fertilizantes químicos, a iniciativa reduz a pegada de carbono relacionada à produção desses insumos.

Um exemplo prático dessa transformação ocorre no cultivo de milho, onde a Symbiomics busca diminuir consideravelmente o uso de ureia como fertilizante. Com a produção de milho no Brasil ocupando quase 22 milhões de hectares, a startup pretende contribuir para a redução das 9,2 milhões de toneladas de ureia utilizadas anualmente, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa associadas a esse processo.