O crescimento da Meliponicultura no Brasil
A atividade de criação de abelhas sem ferrão, conhecida como meliponicultura, está crescendo rapidamente no Brasil, representando uma opção de negócio rentável tanto para produtores rurais quanto para urbanos interessados. Com aproximadamente 300 espécies nativas de abelhas sem ferrão no país, o mercado destaca-se não apenas pela produção de mel, mas também pela importância desses insetos na polinização de diversas culturas agrícolas.
Um exemplo desse desenvolvimento é o Meliponário Santa Rosa, localizado em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reproduz e comercializa mais de 20 espécies de abelhas sem ferrão, recebendo apoio da Emater-MG para expandir suas atividades.
De acordo com informações divulgadas pela Emater-MG, as abelhas sem ferrão se destacam não apenas pela produção de mel, mas também pela docilidade, produzindo um mel de propriedades medicinais raras e valiosas. Isso faz com que o mel dessas abelhas alcance valores elevados no mercado, chegando a até R$ 800 por litro.
O mel das abelhas sem ferrão é reconhecido pela sua diversidade de sabores e cores, sendo mais líquido e menos doce, variando de acordo com a espécie e a florada. Por exemplo, a espécie mais popular, a Uruçu Amarela, pode produzir entre 3 e 5 litros de mel por ano em cada colmeia.
Além disso, a criação de abelhas sem ferrão não está limitada apenas a áreas rurais, já que essas abelhas podem ser facilmente mantidas até em ambientes urbanos, como apartamentos. Os preços das colmeias variam, desde cerca de R$ 200 para a espécie mais acessível, a Jataí, até valores mais altos para espécies mais raras, como a Uruçu Capixaba, chegando a aproximadamente R$ 1,8 mil.
O cuidado e a observação das abelhas sem ferrão também revelam curiosidades fascinantes sobre esses insetos, que desempenham diferentes funções ao longo de suas curtas vidas e têm uma importância vital na polinização de várias culturas agrícolas, como o morango e o café Conilon.