Safra de verão no Brasil impulsiona oferta interna
Segundo a TF Agroeconômica, é provável que os preços do milho aumentem no segundo semestre no Brasil, porém, essa alta não representa um movimento de crescimento real, mas sim uma recuperação de uma queda recente. Por isso, é aconselhável vender agora e investir o dinheiro, pois esperar pode resultar em um retorno financeiro menor. Isso é evidenciado pelo valor médio de R$ 52/saca em Passo Fundo e R$ 48/saca em Cascavel, que se tivesse sido vendido em dezembro e o dinheiro aplicado, equivaleria a R$ 65,38 em Passo Fundo e R$ 55,98 em Cascavel, representando perdas de 20,46% e 14,25%, respectivamente.
A alta nos preços é impulsionada pela expectativa de maior demanda interna por etanol de milho nos Estados Unidos e pelos problemas na safra argentina de milho. Na Argentina, as chuvas abundantes prejudicaram a colheita de milho, afetando a qualidade das lavouras. Já no Brasil, a disponibilidade interna aumentou devido à colheita da safra de verão, o que contribui para a baixa nos preços. Até o momento, 52,9% da primeira safra de milho foi colhida no país, com atraso em relação à temporada anterior. Em São Paulo e Paraná, os trabalhos estão mais avançados, com 98% e 95% da área colhida respectivamente, seguidos por Santa Catarina, com 87%, e Rio Grande do Sul, com 82%.