Manejo de animais no Rio Grande do Sul se torna desafiador devido às chuvas

Preocupação com transmissão de doenças e contaminação do lençol freático entre animais

Manejo de animais no Rio Grande do Sul se torna desafiador devido às chuvas
Foto: Gustavo Vara

O enfrentamento das dificuldades provocadas pelas chuvas e alagamentos no Rio Grande do Sul tem sido um grande desafio para produtores e especialistas na área de manejo de animais. Segundo Mauro Moreira, presidente do CRMV-RS, a preocupação principal no momento são as carcaças dos animais de produção que morreram devido às enchentes.

Moreira destaca a falta de pessoal e de acesso às estradas para realizar a incineração dos animais, levando os municípios a adotarem as medidas possíveis diante das circunstâncias. Preocupa ainda a contaminação do lençol freático e a propagação de doenças entre as regiões atingidas.

Em resposta à situação de calamidade, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente autorizou, temporariamente, a destinação dos cadáveres para compostagem e enterro em locais específicos. No entanto, a falta de atualização do programa estadual de registro de animais mortos dificulta a obtenção de dados precisos sobre as perdas.

O impacto das enchentes e chuvas também se reflete no setor pecuário, com propriedades registrando altas taxas de mortalidade e dificuldades no manejo dos rebanhos. A escassez de alimentos, o encharcamento das áreas e os entraves logísticos prejudicam as atividades dos pecuaristas, aumentando os custos operacionais.

Diante desse cenário, o CRMV-RS busca apoio para um fundo especial voltado à causa animal, enquanto voluntários se mobilizam para prestar assistência aos animais afetados. A solidariedade e a cooperação são essenciais para enfrentar as consequências das adversidades climáticas no estado.