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política
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Quem realmente detém o poder no Irã após a morte de Ebrahim Raisi?

Ali Khamenei é a figura mais poderosa do Irã, controlando a Guarda da Revolução e órgãos que limitam o poder do presidente.

Por BBC20 de maio de 2024 às 13:32
Quem realmente detém o poder no Irã após a morte de Ebrahim Raisi?

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, falecido em um acidente de helicóptero no domingo (19), não era a figura mais poderosa do Irã — esse papel cabe ao líder supremo Ali Khamenei. Abaixo você encontrará informações sobre como é estruturado o poder no país.

A pessoa mais poderosa no Irã é o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país desde 1989. Ele ocupa o cargo de chefe de Estado e comandante-chefe, sendo responsável por questões como a polícia nacional, polícia da moralidade, Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC) e Força de Resistência Basij, que reprimem dissidências no país.

O presidente Ebrahim Raisi ocupava o principal cargo eleito e o segundo na hierarquia, ficando atrás do líder supremo. Ele tinha responsabilidades relacionadas à gestão diária do governo, influência sobre a política interna e relações exteriores, mas seus poderes eram limitados, especialmente em assuntos de segurança. O Ministério do Interior, dirigido pelo presidente, comanda a polícia nacional, porém o comandante é nomeado pelo líder supremo.

Além disso, o parlamento tem o poder de introduzir novas leis, que passam pelo Conselho Guardião para aprovação ou veto. A polícia da moralidade, integrada à polícia nacional, foi criada para defender a moral islâmica e leis sobre vestimentas adequadas, tendo autoridade para impor multas e prender suspeitos.

As Guardas da Revolução são a principal organização para segurança interna no Irã, tendo sido criadas após a revolução para proteger o sistema islâmico. Elas são uma importante força militar, política e econômica no país, com cerca de 150 mil soldados e controlando a Força de Resistência Basij, uma organização paramilitar voluntária que atua sob ordens das Guardas Revolucionárias e já esteve envolvida na repressão de protestos antigovernamentais.

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