O mercado brasileiro de soja continuou mantendo boas movimentações nos portos, mesmo com a volatilidade em Chicago e um câmbio mais estável. Os preços permanecem firmes devido às recentes altas nos contratos futuros. Segundo a Safras Consultoria, os produtores estão aproveitando melhor este momento, negociando volumes maiores e o mercado segue aquecido.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram a terça-feira com preços mistos, após atingirem o maior patamar em três meses e depois apresentarem uma queda devido a parte dos investidores realizarem lucros. A correção foi impulsionada pelas preocupações com as enchentes no Rio Grande do Sul e os prejuízos às lavouras naquele estado.

Além disso, o mercado está se preparando para o relatório de sexta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que deverá apontar safra e estoques finais dos EUA em 2024/25 acima da temporada anterior. Analistas consultados projetam estoques americanos de 432 milhões de bushels em 2024/25 e 341 milhões de bushels em 2023/24.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, a expectativa é de estoques finais de 120 milhões de toneladas em 2024/25 e 112,4 milhões em 2023/24. Para a safra do Brasil em 2023/24, prevê-se um corte para 152,6 milhões de toneladas e para a produção argentina uma redução de 50 milhões para 49,5 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa, assim como a posição agosto. Nos subprodutos da soja, a posição julho do farelo teve queda e no óleo, os contratos com vencimento em julho registraram alta.

Por fim, o dólar comercial encerrou a sessão em queda, sendo negociado a R$ 5,0672 para venda e a R$ 5,0652 para compra, oscilando entre a mínima de R$ 5,0487 e a máxima de R$ 5,0838 durante o dia.