Além do El Niño, outras causas contribuem para as enchentes no Rio Grande do Sul.
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A catástrofe climática sem precedentes ocorrida no Rio Grande do Sul destaca a urgência e a falta de planos preventivos diante das mudanças climáticas observadas em todo o mundo. O governo federal decretou estado de calamidade pública em 336 dos 497 municípios do estado devido aos temporais que têm assolado a região desde a semana passada, afetando quase 70% da área e causando prejuízos diretos à agricultura.
Estima-se que cerca de 40% da captação de leite no estado foi interrompida, impactando a produção agrícola. As áreas de arroz e soja aguardam a diminuição das águas para avaliar os danos causados. Esta semana haverá uma breve pausa nos temporais, com previsão de tempo seco no centro-norte do estado. Porém, na metade sul, ainda ocorrerão chuvas, ainda que em menor volume, o que pode agravar as enchentes.
Especialistas apontam que seria ideal uma semana ou mais de tempo completamente seco, algo que só se espera a partir do dia 15. A segunda-feira pode ser mais chuvosa apenas no extremo sul do estado. Registros mostram altos índices de chuva em diversas cidades gaúchas, ultrapassando as médias climatológicas esperadas.
Após essa breve trégua, prevê-se a chegada de uma nova frente fria, aumentando o risco de temporais em várias regiões do estado. O desequilíbrio da atmosfera não pode ser atribuído apenas ao El Niño, mas está ligado às mudanças climáticas globais, conforme apontam especialistas. Eventos climáticos extremos têm se tornado mais frequentes, evidenciando a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
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Pryscilla Paiva
Jornalista especializado em clima
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