Kepler Weber busca investimento de R$ 150 milhões para expandir produção
Parceria com IFC gera benefícios ligados a metas de sustentabilidade

A Kepler Weber, empresa que oferece soluções pós-colheita, firmou um financiamento de até R$ 150 milhões com a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial para empresas, visando modernizar e expandir a produção em suas fábricas localizadas em Panambi (RS) e Campo Grande (MS).
O financiamento tem um prazo de pagamento de sete anos, com 24 meses de carência para amortização do principal. A taxa de juros, não divulgada, foi assertiva segundo o diretor financeiro da Kepler, Paulo Polezi, comparada ao mercado, corrigida pela variação do CDI e spread, sem exposição cambial do principal e juros.
Caso a Kepler Weber cumpra certos critérios de sustentabilidade e inclusão estabelecidos pela IFC, poderá obter um spread menor. Dentre esses parâmetros, está a meta de atingir 30% de mulheres no quadro de funcionários, em comparação aos atuais 24%, e oferecer treinamentos e certificações de 60 horas para cada colaborador.
A instituição global de desenvolvimento, IFC, atua nos mercados emergentes em mais de 100 países e destinou US$ 43,7 bilhões para empresas privadas em 2023, sendo US$ 6,5 bilhões no Brasil.
Como parte da estratégia da IFC, a prioridade é para inclusão, sustentabilidade e produtividade. A melhoria na produtividade da Kepler garantirá mais opções de armazenamento alimentar, contribuindo para a segurança alimentar do país, segundo o gerente regional da IFC para América Latina e Caribe, Raphael Eskinazi.
A Kepler passou por um processo de due dilligence pela IFC, com duração de dois a três meses, para garantir que a empresa tenha gestão e ferramentas alinhadas com objetivos sustentáveis.
Metade do financiamento será destinada à recomposição do caixa utilizado pela empresa para modernização, enquanto o restante será investido em novos equipamentos para otimizar processos, como um sistema de pintura a pó que reduz desperdícios, máquinas de corte a laser e outras ferramentas para eliminar gargalos.
Assim como em contratos anteriores, a própria companhia garantirá o empréstimo.
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Por Fernanda Pressinott — São Paulo
Jornalista especializado em economia
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