Parceria entre laticínios e produtores de leite: juntos por resultados melhores
Representantes do segmento enfrentam desafios em cenário de tendência de alta de 2,5% no consumo

Ênio Andrade, gerente de Suprimentos Lácteos da Unium - intercooperação da Frísia, Castrolanda e Capal -, alerta para um cenário desafiador em 2024 na cadeia produtiva do leite. Ele destaca a importância de ações conjuntas entre os diversos elos, apontando a necessidade de maior união entre a indústria de laticínios e os produtores. Durante o Fórum Comercial da Expofrísia, Andrade abordou o mercado do leite para produtores da região, enfatizando a pulverização do setor no país.
Carambeí e Castro se destacam como os maiores produtores de leite do Brasil, segundo o Top 100 2024 da Milkpoint. Mesmo diante de um cenário global complexo, com guerras e baixo desempenho das economias, a expectativa é de leve melhora no setor de lácteos em 2024. No entanto, a indústria deve enfrentar desafios, com crescimento projetado menor do que no ano anterior.
A Unium, por exemplo, registrou um crescimento na captação de leite em 2023, mas enfrenta desafios como a descapitalização dos produtores, concorrência com importações e prática de mercado desfavorável. Apesar de medidas governamentais para estimular a produção nacional, ainda há questões a serem superadas, como a dificuldade de negociação frente aos grandes varejistas.
Eduardo Ichikawa, da Frísia, reforça que o ano de 2024 será desafiador para o preço do leite, devido às importações. Ele destaca o sistema de pool leite adotado pela cooperativa, que contribui para uma política de precificação diferenciada. Além disso, aponta investimentos em qualidade, tecnologia e bem-estar animal como pilares importantes para o setor.
Para Armando Rabbers, produtor de leite e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, a perspectiva de melhora no pagamento aos produtores gera expectativas, mas há incertezas de continuidade. Ele ressalta a necessidade de condições mais favoráveis, como acesso a crédito e igualdade competitiva com outros países, para fortalecer a cadeia leiteira brasileira.
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Por Carolina Mainardes — Carambeí (PR)
Jornalista especializado em Agronegócio
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