Produção de frutas e hortaliças retoma crescimento em 2023
Desafios climáticos afetam o setor nos últimos anos, com destaque para o impacto do fenômeno La Niña.

Um relatório recente do Cepea revelou que a área de frutas e hortaliças cultivada no Brasil em 2023 voltou ao nível de 2019. Entre as cadeias analisadas, destacaram-se investimentos em exportações, com destaque para manga, uva, batata pré-frita e tomate industrial. A área total cultivada aumentou 4% em relação a 2022, e avanços tecnológicos notáveis foram observados em culturas como laranja e tomate de mesa.
Para 2024, os investimentos devem focar em batata e tomate industrial, enquanto o setor de hortifrúti nacional projeta um crescimento em valor mais do que em volume de vendas. A tendência é de pratos mais diversificados para os brasileiros, que valorizam a conveniência e devem aumentar o consumo de hortifrútis processados.
Os desafios climáticos continuam a impactar o setor, com o El Niño beneficiando o Nordeste, mas limitando produção no Sudeste e Sul. Em 2023, as exportações de frutas frescas bateram recorde, impulsionadas pelo clima favorável. Para 2024, as perspectivas continuam positivas, especialmente para o Vale do São Francisco, devido ao enfraquecimento da produção em países concorrentes como o Peru.
Leia Também
Não perca nenhuma notícia!
Receba as principais notícias e análises diretamente no seu email. Grátis e sem spam.
Gostou desta notícia? Compartilhe!
Aline Merladete
Jornalista especializado em clima
Mais de clima

Brasil pode atingir marca histórica com exportação de frutas
Preços impulsionados por clima favorável e redução da concorrência externa

Tomateiros preservam água durante a seca para sobreviver
A influência da suberina exodérmica na resistência à falta de água

Impacto do clima na produtividade das plantações de tomate
Problemas no cultivo do tomate estão afetando as primeiras colheitas

Nova ferramenta para gestão de riscos do clima realiza projeções até o ano 2100
Software lançado pela WayCarbon permite quantificar impactos financeiros de eventos climáticos extremos





