Cacau enfrenta desvalorização no mercado externo e se estabiliza em patamar mais baixo
Café fecha em queda de quase 6% na bolsa de Nova York

Na bolsa de Nova York, o preço do cacau teve uma queda significativa no dia 16/5 e parece estar entrando em uma fase de cotações mais estáveis, depois de uma sequência de recordes no mercado internacional. O contrato para julho subiu 5,74%, atingindo o valor de US$ 7.393 por tonelada.
Adilson Reis, analista de mercado, destaca que o cacau está sinalizando uma nova direção para o mercado, algo que já era esperado, uma vez que os participantes da cadeia produtiva têm um limite de preço que conseguem suportar. Além disso, o consumidor final não está disposto a pagar valores tão altos. Com a cadeia mais equilibrada, há melhores chances de sobrevivência.
A escassez de cacau no mundo levou os fundos de investimento a mudarem suas estratégias, contribuindo para a queda nas cotações em Nova York. Os fundos, que estavam muito posicionados na compra, começaram a desfazer suas posições ao perceberem que não seria viável receber a entrega física do produto.
Com essa nova perspectiva de preço para o cacau, Adilson Reis prevê que os valores na bolsa americana devem oscilar entre US$ 5 mil e US$ 8 mil por tonelada, bem abaixo do recorde de US$ 11.878 por tonelada alcançado no último mês em Nova York.
Em relação ao café, devido à falta de novidades em termos de oferta e demanda, os preços seguem estáveis na bolsa de Nova York. Os contratos para julho encerraram com uma queda de 0,75%, a US$ 1,9790 por libra-peso, pois os investidores estão de olho na colheita de 2024/25, que aparenta ter uma produtividade abaixo do esperado. Porém, esse cenário já foi precificado pelo mercado e não deve resultar em altas nos preços do café.
Quanto ao açúcar em Nova York, os contratos do demerara para julho fecharam em baixa de 1,72%, a 18,33 centavos de dólar por libra-peso. Já o suco de laranja concentrado e congelado, com entrega em julho, teve uma alta de 2,33%, alcançando US$ 4,3850 por libra-peso.
Por fim, o algodão se recuperou das recentes quedas na bolsa e avançou. Os contratos para julho subiram 1,10%, chegando a 76,24 centavos de dólar por libra-peso.
Leia Também
Não perca nenhuma notícia!
Receba as principais notícias e análises diretamente no seu email. Grátis e sem spam.
Gostou desta notícia? Compartilhe!
Por Paulo Santos — São Paulo
Jornalista especializado em mercado
Mais de mercado

Exportações recordes do Brasil impulsionam mercado de café em Nova York
Perspectiva de novas quedas nas cotações do café na bolsa de valores

Mercado de café em Nova York em alta devido à atenção ao clima
Cacau e açúcar iniciam o dia em alta; algodão mantém estabilidade

Cacau apresenta aumento de mais de 13% em Nova York em meio a momento de oferta delicada
Impacto das restrições na commodity continua impulsionando alta na bolsa, afirmam analistas

Mercado volátil impulsiona nova alta do cacau em Nova York
Café em alta e açúcar e algodão em baixa na abertura da sessão





