Os contratos futuros de café arábica estão em alta em Nova York devido ao monitoramento do clima no Brasil e Vietnã. Os lotes para julho, os mais negociados, estão sendo cotados a US$ 2,0025 a libra-peso, com aumento de 1,34%.

Conforme Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, as chuvas no Vietnã geraram algumas dúvidas em relação às altas para o café robusta, que vinham impulsionando o arábica há meses. Mesmo com a recente queda nas cotações, o desafio de oferta do robusta ainda persiste. Portanto, os fatores que contribuíram para a valorização do café continuam em vigor.

Pancieri Neto destaca que a disponibilidade de café no Vietnã é muito baixa e que a demanda será suprida por países como Brasil e Indonésia. No entanto, há preocupações para o final do ano, quando o mercado pode ficar sem opções de abastecimento, refletindo em uma oferta mais ajustada.

Além disso, ele chama a atenção para as primeiras áreas colhidas de café arábica no Brasil, apontando que a qualidade dos grãos está abaixo do esperado, o que pode resultar em revisões na estimativa de safra para o ciclo 2024/25.

Em relação ao açúcar, os preços também estão positivos, sendo que os contratos com vencimento em julho estão cotados a 19,85 centavos de dólar a libra-peso, com aumento de 1,28%. A expectativa divulgada pela consultoria Datagro aponta para uma redução na moagem de cana no Centro-Sul, refletindo o período mais seco durante o verão e nas últimas semanas.

Apesar da previsão de aumento na concentração de sacarose, não será o suficiente para compensar a queda na produtividade, resultando em uma estimativa de produção de açúcar de 42,6 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 1,7% em relação à safra anterior.

Já no mercado de cacau em Nova York, houve a terceira alta consecutiva, com os contratos para julho a US$ 8.663 a tonelada, um aumento de 0,56% em relação ao último fechamento. Por fim, os contratos de algodão para entrega no mesmo período operam estáveis, sendo cotados a 78,86 centavos de dólar a libra-peso.