Setor produtivo reivindica avanços na logística no Paraná

Governo do Estado inaugura projeto "Caminhos da Safra" em vias de escoamento do agronegócio

Setor produtivo reivindica avanços na logística no Paraná
Foto: Divulgação

Nos últimos dois anos, o setor produtivo intensificou o monitoramento da situação das principais vias de escoamento da produção agropecuária no Paraná. Os problemas se agravaram a partir do final de 2022, com diversos deslizamentos que interromperam o tráfego em partes da BR-277, rota que conecta Curitiba ao Porto de Paranaguá e ao litoral do estado.

Segundo Nelson Costa, superintendente da Federação e Organização das Cooperativas do Paraná (Fecoopar), o trecho que mais preocupa e permanece em destaque é o da BR-277, onde o volume de caminhões durante o período de escoamento da safra de grãos chega a dobrar, ultrapassando 50 mil veículos por mês.

Neste ano, o Paraná será o primeiro estado a receber a expedição “Caminhos da Safra”, promovida pela “Globo Rural”, que consiste em equipes de jornalistas percorrendo as principais rotas de escoamento do agronegócio pelo país, com início marcado para esta sexta-feira (24/5).

A expedição percorrerá mais de 600 quilômetros em território paranaense, passando por áreas produtoras como Toledo, Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa, até chegar ao Porto de Paranaguá. Nelson Costa destaca que dois lotes da concessão de rodovias já estão em funcionamento e que a expectativa é melhorar as condições das estradas, inclusive com a assunção das demais concessões previstas.

Além disso, ele reforça a importância do investimento em linhas ferroviárias e a necessidade de uma nova licitação para a concessão da Malha Sul. Estudos apontam prejuízos significativos causados pelos problemas logísticos na BR-277 e a cobrança por melhorias nas concessões rodoviárias no estado é progressiva. A Faep pressiona por tarifas mais baixas nos pedágios e pelo cumprimento do cronograma de obras.

As más condições das rodovias afetam diretamente a produção agropecuária, resultando em custos elevados, atrasos no transporte de insumos e produtos, e preocupações com deslizamentos. As empresas responsáveis pelas concessões rodoviárias devem realizar obras de melhoria significativas nos próximos anos, visando amenizar os impactos no setor produtivo paranaense.