O trigo retoma sua tendência de alta em Chicago, após lucros realizados pelos gestores de fundos ontem. Os contratos para julho estão sendo negociados a US$ 6,8775 o bushel, representando um aumento de 2,5% em relação ao fechamento anterior.

Doug Bergman, da RCM Alternatives, aponta a tendência de alta no mercado de trigo, mas sugere que, por questões de gestão de risco, é prudente realizar vendas durante esse movimento de alta, justificando a postura dos traders no dia anterior.

A valorização do trigo no início da semana foi impulsionada pelas geadas que afetaram as lavouras russas, levantando preocupações quanto à produtividade do maior fornecedor mundial. Por outro lado, nos EUA, o plantio da safra de primavera está adiantado em relação ao ano passado e as condições das lavouras de trigo de inverno se mantiveram estáveis.

Quanto à soja, o mercado permanece estável enquanto aguarda informações mais concretas sobre as perdas no Rio Grande do Sul. A Conab elevou sua previsão de safra no Brasil, sem considerar a situação gaúcha devido à coleta de dados anterior às chuvas. Enilson Nogueira, da Céleres Consultoria, destaca que o mercado já precificou uma quebra de produção.

No cenário da soja, as expectativas de aumento nos estoques da safra dos EUA em 2024/25 exercem pressão sobre os preços. O plantio nos EUA está atrás do ritmo do ano passado, mas as condições climáticas favoráveis indicam que ainda é cedo para falar em problemas na safra.

Enquanto isso, o milho enfrenta a tendência de aumento na oferta nos EUA, o que impactou os valores na última sessão. Contudo, os contratos estão operando estáveis agora. A previsão de aumento nos estoques finais dos EUA mantém a perspectiva de preços mais baixos para o cereal no mercado internacional.