BTG Pactual continua a recomendar uma postura neutra
A empresa de alimentos BRF (BRFS3) anunciou seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2023 (4T23) com surpresa, apresentando um lucro líquido societário de R$ 754 milhões. Esse resultado representa uma mudança significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 956 milhões. O 4T23 marca o retorno da BRF ao lucro após sete trimestres consecutivos de resultados negativos.
Segundo análise dos analistas do BTG Pactual, Bruno Lima, Henrique Brustolin e Thiago Duarte, o Ebitda global da BRF alcançou R$ 1,9 bilhão, em linha com as expectativas do mercado, mas superando o consenso em 5-10%. Esse desempenho forte pode levar a revisões positivas nas projeções de lucro, indicado pela margem Ebitda de 13,2%, mostrando uma melhora na eficiência operacional da empresa.
O lucro líquido de R$ 754 milhões superou as previsões, porém parte desse sucesso se deve a um ganho monetário extraordinário de R$ 311 milhões relacionado ao impacto da hiperinflação nas operações da BRF na Turquia.
Apesar do retorno lucrativo da BRF e da melhoria nas margens, o BTG Pactual mantém uma recomendação neutra para a ação (BRFS3) com preço-alvo de R$ 13. Os analistas destacam que, embora o desempenho positivo seja notável, é crucial considerar fatores específicos, como o ganho não recorrente na Turquia, ao avaliar a sustentabilidade desse crescimento.
A ação da BRF foi uma das mais beneficiadas em termos de lucro, especialmente devido à dinâmica do ciclo da proteína. Agora, os investidores aguardam para ver se a empresa conseguirá manter esse caminho positivo e se novos impulsos surgirão para impulsionar ainda mais o desempenho financeiro da BRF no médio prazo.