A Secretaria Municipal de Saúde informou que a capital paulista registrou 105 mortes por dengue, um número muito maior do que a média dos nove anos anteriores, que era de 5,4 óbitos. Essa quantidade corresponde a mais de um quinto (22,5%) do total de 465 mortes confirmadas em todo o estado até o momento, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

No estado, já foram confirmados 815.396 casos de dengue, sendo 220.029 de habitantes da capital. Os distritos administrativos de Itaquera (9.740), Itaim Paulista (7.920) e Jardim Ângela (6.642) são os que apresentam maior número de casos confirmados. Também se destacam nesse grupo São Miguel (6.245), Vila Curuçá (5.958), Lajeado (5.809) e Cidade Tiradentes (5.026).

O cenário atual da incidência da doença na cidade está muito acima do que foi registrado em 2015, quando 25 pessoas morreram de complicações da dengue. Essa infecção é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também é vetor das arboviroses zika e chikungunya.

Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, enjoo, dor nas costas, dor atrás dos olhos, vômito, dor nas articulações, inflamação das articulações, manchas avermelhadas na pele, manchas marrom-arroxeadas, queda de glóbulos brancos no sangue, mais de 20 pontos vermelhos identificados em uma região da pele e conjuntivite.

Há casos em que a doença pode evoluir, apresentando sintomas como dor abdominal intensa, vômito persistente com presença de sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade para respirar, confusão mental, fadiga, aumento do fígado, queda de pressão arterial e presença de sangue nas fezes. Existem quatro sorotipos da dengue, o que significa que uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes, variando a manifestação dos sintomas de forma leve, grave ou letal.