Entidades pressionam Bayer em relação ao uso do glifosato

A acusação contra a Bayer: promoção de um modelo agrícola que gera insegurança alimentar

Entidades pressionam Bayer em relação ao uso do glifosato

Seis organizações da sociedade civil protocolaram uma denúncia na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra a Bayer, apontando preocupações em relação ao uso de sementes de soja transgênica e ao herbicida glifosato em quatro nações sul-americanas. A Bayer, fornecedora tanto das sementes quanto do herbicida, rejeita as acusações, assegurando que seus produtos são seguros e que estão em conformidade com as normas da OCDE. Embora a OCDE não tenha competência para impor sanções, pode intermediar entre as partes envolvidas a respeito do modelo de comercialização e utilização desses produtos.

A denúncia apresentada visa responsabilizar a Bayer por promover um modelo agrícola que acarreta insegurança alimentar, escassez de recursos hídricos, desmatamento, ameaças à saúde e disputas territoriais, afetando negativamente povos indígenas e pequenos agricultores. A prática de monocultura de soja transgênica associada ao glifosato estaria prejudicando os pequenos agricultores, enquanto a contaminação do solo pelo herbicida estaria impossibilitando comunidades indígenas de produzir alimentos em quantidade suficiente para sua subsistência.

Um representante da Bayer destacou que a segurança de seus produtos é uma prioridade, mencionando diversos estudos de segurança e autorizações que comprovam, com base em sólidas evidências científicas, a segurança dos produtos quando utilizados corretamente e de acordo com as instruções. O porta-voz afirmou que os produtos são submetidos a testes rigorosos quanto ao modo de ação, propriedades toxicológicas e impacto no ambiente.

A Bayer assegurou que os estudos para a aprovação de seus produtos seguem as estritas orientações internacionais estabelecidas pela OCDE e que fornece extensivos cursos de capacitação para agricultores nos países mencionados na denúncia. A empresa afirmou não ter conhecimento dos casos citados na América do Sul na queixa, enfatizando que a expansão agrícola é uma tendência global independente da soja transgênica, e ressaltando que as autoridades nacionais são responsáveis pela estruturação agrícola em seus respectivos países.