A FriGol, a quarta maior empresa frigorífica de carne bovina do Brasil, teve um prejuízo líquido de R$ 5,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o balanço financeiro divulgado hoje (7/5). Apesar disso, houve uma melhora de 67% em relação ao prejuízo de R$ 15,2 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 22,1 milhões entre janeiro e março, em comparação com um Ebitda negativo de R$ 2,6 milhões há um ano. A receita líquida da empresa atingiu R$ 821,6 milhões no trimestre, com um aumento de 17,8%.

O CEO da empresa, Eduardo Miron, afirmou ao Valor que, apesar do prejuízo líquido ainda ser negativo, este foi o segundo melhor primeiro trimestre da história da FriGol.

A recuperação em relação ao primeiro trimestre do ano passado se deu devido a um período em 2023 em que o Brasil interrompeu as exportações de carne bovina para a China por quase um mês, devido a um caso de "mal da vaca louca". Miron destacou que a FriGol conseguiu restabelecer os embarques para o mercado chinês este ano e aumentou suas vendas para o país asiático, reduzindo a intermediação de traders.

As exportações da empresa cresceram 66% no primeiro trimestre, impulsionadas pelas vendas para a China, onde os embarques aumentaram 82%. A FriGol está buscando expandir suas exportações para Israel e outros mercados através de um relacionamento mais próximo com os clientes. A empresa também tem investido em aumentar a capacidade produtiva, com uma melhoria de 25% na quantidade diária de abates.