Colheita dos últimos 10 anos foi afetada por greening e clima seco, resultando em baixa produção
Segundo a primeira estimativa para 2024/25 do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a produção de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais atingirá 232,38 milhões de caixas de 40,8 quilos. No entanto, se confirmada, essa colheita será 24,3% menor do que a do ano anterior e a menor das últimas dez safras devido ao greening e à previsão de tempo seco. A expectativa é de chuvas escassas nos próximos seis meses, o que reduzirá as reservas das árvores e o potencial dos frutos, conforme explicou o gerente geral da entidade, Juliano Ayres.
A previsão também inclui uma expectativa de área plantada de 164,8 milhões de hectares, quase inalterada em relação ao período anterior, e um total de 35 milhões de árvores em produção, representando um aumento de 5%. No entanto, apenas 36% do cinturão é irrigado, o que resultará em um menor suprimento nutricional para as plantas diante da seca. Isso poderá resultar em menos frutos por árvore, porém com peso maior, em torno de 169 gramas, comparado com a média de 160 gramas da safra anterior.
A estimativa é que haja uma queda de 18,5% no número de frutos por árvore, quase igual à taxa da safra anterior de 19%, devido à maturação acelerada das laranjas devido ao clima seco. O Fundecitrus salienta que a indústria tem agido rapidamente para colher e processar as frutas, evitando perdas.
Ayres destaca que, apesar dos desafios enfrentados devido ao greening, estão sendo aplicadas técnicas de manejo para combatê-lo. Ele sugere que é preferível manter as árvores mais antigas produzindo no momento e posteriormente adotar um período de vazio sanitário para aumentar a produção no futuro.