Os contratos futuros de soja para julho abriram nesta sexta-feira (17/5) a US$ 12,26 por bushel, registrando um aumento de 0,84%. Segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgadas na quinta-feira, as vendas da soja americana totalizaram 266 mil toneladas até a semana encerrada em 9 de maio, ficando abaixo das expectativas do mercado, conforme relatado pela consultoria Agrifatto.

Por outro lado, os aspectos climáticos e as chuvas nas regiões dos Pampas argentinos estão gerando um certo otimismo em relação à safra na Argentina. No entanto, essas mesmas chuvas estão afetando o Rio Grande do Sul, o que está apertando as projeções de oferta de grãos brasileiros e ainda são uma incógnita para o mercado. Isso abre espaço para volatilidades mais intensas e estimula as vendas no mercado interno brasileiro, especialmente para os produtores que possuem estoque.

Em relação ao milho, os preços permanecem estáveis e começaram a manhã com uma leve queda de 0,05%, com os contratos com vencimento para julho sendo cotados a US$ 4,5675 por bushel. De acordo com o USDA, as vendas do cereal atingiram 742 mil toneladas até a semana encerrada em 9 de maio, dentro das projeções do mercado. Acompanhando a tendência de queda do trigo, os futuros do milho continuam caindo frequentemente, conforme análise do boletim diário da consultoria Agrifatto.

Além dos fatores climáticos na América Latina, nos Estados Unidos - principal produtor de milho - os estoques estão aumentando, enquanto a demanda por ração animal na China permanece enfraquecida, o que está pressionando os preços.

No que diz respeito ao trigo, os contratos futuros apresentaram um aumento de 0,34%, começando recentemente a US$ 6,6475 por bushel. A volatilidade nos preços do cereal é atribuída, em grande parte, à incerteza geopolítica, como a possibilidade de novas sanções dos EUA contra a Rússia, o maior produtor mundial de trigo.