Cancelamento de feiras devido às chuvas dificulta a comercialização de produtos de empresas familiares dentro do Estado.
Diante da calamidade pública causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a presidente da Emater-RS, Mara Helena Saalfeld, e a Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) fizeram um apelo ao governo federal. Eles pediram que as agroindústrias familiares com inspeção municipal e estadual sejam autorizadas, em caráter extraordinário, a vender seus produtos para outros Estados.
Mara Saalfeld destacou que a situação é crítica, com 1.700 agroindústrias com inspeção municipal e estoques cheios, mas sem compradores devido ao estado de calamidade em 437 municípios. A AGL enviou um pedido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para essa liberação, sem resposta até o momento.
Devido à falta de retorno, a AGL publicou uma carta aberta e obteve sinais do Mapa sobre a liberação provisória para o transporte dos produtos da agroindústria familiar gaúcha. Empresas como a de Roberto de Oliveira e Rodrigo Aloisio Staudt estão enfrentando dificuldades com queda nas vendas e armazenamento excessivo de produtos.
Diante desse cenário, a proposta de uma solução provisória para enviar produtos para fora do Estado é vista como uma alternativa urgente. No entanto, o processo de criação de uma portaria para todas as agroindústrias gaúchas tem sido complexo devido a questões sanitárias e de rastreabilidade. O Mapa está analisando a demanda e sugerindo a elaboração de um instrumento de médio prazo para viabilizar a comercialização desses produtos artesanais em outras regiões.