Incentivos setoriais impulsionam retomada do crescimento na China
O presidente chinês, Xi Jinping, definiu um plano para que a China cresça “mais de 5% em 2023”, e o agronegócio não está entre as prioridades. O novo responsável pelo planejamento econômico, He Lifeng, escolheu três setores da economia que serão incentivados na recuperação do crescimento do gigante asiático: educação, imobiliário e tecnologia.
Segundo informações do The Wall Street Journal, com base em uma fonte em Pequim, a primeira ação já foi executada: a diminuição considerável da política de tolerância zero em relação à Covid-19. Agora, o líder da "Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma" pretende principalmente impulsionar o setor da construção para restaurar a confiança entre os empresários.
Recentemente, a China experimentou uma significativa contração econômica, com uma queda de 8,7% nas exportações do país em novembro - o pior desempenho em dois anos. Além da redução na produção industrial e no consumo, houve também uma queda de 5,9% nas vendas do varejo, assim como um aumento da taxa de desemprego em 5,7% no mês anterior. Em face disso, é previsto que o PIB chinês encerre o ano de 2022 com um crescimento inferior a 3%, o que representa uma redução de dois pontos percentuais em relação à estimativa inicial de crescimento de 5%.
Apesar de não dar prioridade à produção agrícola em sua estratégia de recuperação econômica, as principais instituições financeiras globais acreditam que a China continuará sendo um grande comprador no mercado internacional. Isso beneficiará diretamente o Brasil, que provavelmente manterá a China como um importante destino para suas exportações no próximo ano.