Demanda por fungicidas para milho quadruplica no Brasil

FarmTrak destaca o produtor mais engajado

Demanda por fungicidas para milho quadruplica no Brasil

De acordo com o estudo FarmTrak da Kynetec Brasil, o mercado de fungicidas para milho teve um crescimento significativo, passando de BRL 561 milhões para BRL 2,8 bilhões entre as safras 2014-15 e 2022-23. Destaca-se que a maior parte desse valor, equivalente a 85%, está relacionada ao plantio da segunda safra de inverno, enquanto os 15% restantes correspondem ao cultivo de verão. Em comparação com a safra anterior (2021-22), houve um aumento de 26% nas transações de fungicidas.

Segundo Gabriel Pedroso, analista da Kynetec, os produtores estão mais engajados em utilizar fungicidas para controlar doenças que prejudicam a produtividade e buscando efeitos benéficos diretos na produção. As soluções Stroby Mix continuam liderando as vendas, representando 55% do total, seguidas pelos produtos premium à base de carboxamidas, que aumentaram sua participação ao longo do tempo.

O estudo também revela que os tratamentos com fungicidas estão se tornando mais frequentes, principalmente na safrinha, devido aos desafios enfrentados, como ferrugem das gramíneas, manchas foliares, cercosporiose, antracnose e diplodia. A área plantada de milho alcançou 19,8 milhões de hectares em 2022-23, com a safra de inverno cobrindo 79% desse total e a safra de verão ocupando os 21% restantes.

A adesão dos produtores aos fungicidas tem aumentado ao longo dos anos, sendo que na safra 2022-23 97% das áreas de plantio de milho safrinha receberam tratamentos fungicidas, contra 85% de oito safras atrás. Já no milho verão, a adesão subiu de 34% para 59%. A intensidade média dos tratamentos também cresceu. Gabriel Pedroso destaca que, apesar de diferenças entre as safras, a adoção de tecnologia tem avançado, inclusive nas áreas destinadas à produção de silagem.