O inoculante BiomaPhos foi lançado em agosto de 2019 e já gerou R$ 105 milhões em 2020 com o aumento da produtividade brasileira de soja e milho, de acordo com os cálculos dos desenvolvedores dessa nova tecnologia de solubilização de fósforo: a empresa Bioma, do Grupo Simbiose Agro, e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Na safra 2019/2020, a área tratada ultrapassou 350 mil hectares, com resultados tão positivos que na safra seguinte, 1,49 milhão de hectares de milho e soja receberam o BiomaPhos. A previsão de vendas para a próxima safra é superar os três milhões de hectares, conforme Artur Soares, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Simbiose Agro, revela.

A média de produtividade das áreas de soja tratadas com BiomaPhos na última safra aumentou de 67,2 sacas por hectare para 71,6 sacas, representando um acréscimo de 4,4 sacas por hectare. Isso resultou em um ganho líquido de R$ 704,40 por hectare para os produtores.

Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pelo desenvolvimento do produto, destaca que mesmo em culturas em fase de testes como batata e amendoim, o BiomaPhos tem proporcionado aumentos significativos na produtividade, podendo contribuir para diminuir a dependência do Brasil de fertilizantes importados.

Além disso, a tecnologia tem apresentado ganhos reais em outras culturas, como café, sorgo, algodão, cana-de-açúcar, citros, manga, tomate e batata, que não tinham tradição no uso de inoculantes. Parcerias estão sendo estabelecidas para testar o BiomaPhos em outras culturas, como banana, trigo, pastagens e hortaliças, com o objetivo de avaliar sua eficácia no sistema ILPF.