Sistemas Integrados: Destaque para a eficiência no estudo
Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Bioma Cerrado apontou que a implantação de sistemas integrados pode trazer benefícios significativos, como a diminuição das emissões de óxido nitroso e a redução do uso de Fósforo e Potássio. Em comparação com os sistemas tradicionais, os sistemas integrados, baseados em culturas como soja e sorgo, se mostraram mais vantajosos.
A pesquisa revelou que a adubação convencional em sistemas tradicionais resultou em emissões mais altas de N2O do que em sistemas que receberam metade da dose. A introdução de pastejo prévio e a redução da adubação em um sistema de Integração Lavoura-Pecuária levaram a uma diminuição de 59% das emissões de gases de efeito estufa. Os cientistas ressaltam a importância desses achados diante da crise global de fertilizantes, destacando sua relevância para a agricultura em âmbito mundial.
O estudo enfatiza a eficácia dos sistemas integrados na utilização de nutrientes, sobretudo em solos já cultivados por longos períodos. Recomenda-se a redução significativa das doses de fósforo e potássio durante a fase de cultivo na rotação, o que contribui para a melhoria da fertilidade do solo. Os pesquisadores destacam os benefícios da rotação entre lavoura e pastagem, como a melhoria da qualidade do solo, a proteção da matéria orgânica, a otimização dos processos biológicos e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, o estudo confirma que em sistemas integrados, como o "boi safrinha", o pastejo na entressafra impulsiona processos como a mineralização do nitrogênio, a reciclagem de nutrientes e o estímulo do sistema radicular da gramínea forrageira, resultando na redução da necessidade de adubação fosfatada e potássica, bem como na mitigação das emissões de N2O quando comparado com cultivos contínuos que recebem altas doses desses nutrientes.