É fundamental avaliar cada propriedade de maneira individual
A presença de parasitas na pecuária é uma grande preocupação, acarretando sérios problemas sanitários. Um estudo da Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária revelou que os parasitas internos e externos causam prejuízos anuais de aproximadamente R$ 70 bilhões no Brasil.
Estes problemas resultam em uma redução de até 20% no ganho de peso dos animais, o que pode representar perdas entre 20 a 60kg por animal, conforme ressaltado pelo médico-veterinário Fernando Santos, gerente de vendas de grandes animais da Syntec do Brasil. Santos explica que as verminoses subclínicas, que correspondem a 90% a 98% dos casos, não apresentam sintomas evidentes, o que dificulta sua detecção e aumenta os prejuízos. 95% dos carrapatos estão nos pastos, o que torna o problema ainda mais desafiador de ser combatido.
Para Santos, é essencial adotar um controle estratégico de vermes e carrapatos, implementando um protocolo antiparasitário antes que a carga parasitária aumente significativamente. Esta abordagem tem como objetivo prevenir infestações em grande escala no rebanho, controlando a presença de carrapatos e parasitas internos. Ele destaca a importância de personalizar os protocolos de controle, levando em consideração as características específicas de cada propriedade.
O veterinário ressalta a importância de iniciar o controle de parasitas internos no início do período seco, recomendando a vermifugação no início, meio e fim desta época. Ele enfatiza que é fundamental que os protocolos de controle estejam alinhados com as práticas de manejo da propriedade, visando proporcionar um controle eficaz da carga parasitária nos animais e nas pastagens.