Estudo reitera o papel crucial do tabaco para a economia agrícola brasileira
O Brasil mantém, desde 1993, a posição de maior exportador de tabaco do mundo. Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/ComexStat), houve um aumento nas divisas mesmo com um volume menor de exportação em comparação a 2022. Foram embarcadas 512.064 toneladas, o que representa uma redução de 12,45% em relação ao ano anterior, quando foram exportadas 584.861 toneladas. Em termos de valores, as exportações atingiram US$ 2,729 bilhões, um aumento de 11,32% em comparação a 2022, que registrou US$ 2,452 bilhões.
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, afirmou que esse resultado era esperado, de acordo com uma pesquisa realizada em 2023. Ele destacou que o volume de exportações seria menor, mas o valor em dólares exportados seria maior, o que de fato se confirmou.
No total, 107 países adquiriram o produto, sendo a União Europeia o destaque com 42% do total embarcado, seguida pelo Extremo Oriente (31%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (8%) e América Latina (8%). Bélgica, China, Estados Unidos e Indonésia permanecem como os principais importadores, seguidos pelos Emirados Árabes, Vietnã e Turquia.
A Região Sul, onde se concentra 95% da produção brasileira, continuou se destacando em 2023. Do volume exportado, 85% saiu do Porto de Rio Grande (RS), 12,1% de Santa Catarina e 2,9% do Paraná. A participação do tabaco foi de 0,80% no Brasil, 4,51% na Região Sul e 11,19% no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país. Schünke enfatizou a importância do tabaco no cenário do agronegócio sul-brasileiro e, especialmente, para os gaúchos.