Produtores decidem antecipar colheita para maximizar qualidade das safras
Até o dia 4 de abril, o avanço da colheita da soja no Rio Grande do Sul tem sido notável, com a área colhida aumentando de 20% para 38% da área total cultivada. Esse progresso é resultado do tempo seco, ensolarado e das temperaturas elevadas, como apontado pelo Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), em 11 de abril.
Mesmo com o teor de umidade dos grãos entre 15% e 16%, os produtores decidiram antecipar a colheita para aproveitar as condições favoráveis de trilha e separação dos grãos, devido às previsões meteorológicas que indicavam volumes maiores de chuva, que não se concretizaram em todas as regiões do estado.
As lavouras avançaram rapidamente para a maturação, permitindo assim a continuidade da colheita sem interrupções, apesar do escalonamento maior da semeadura nesta safra, com a área em maturação representando 42% do total cultivado.
A produtividade tem superado as expectativas em muitas lavouras, principalmente na metade norte do estado, onde as chuvas foram mais regulares ao longo do ciclo da cultura. No entanto, a variabilidade de produtividade decorre das chuvas que impactaram o estabelecimento inicial da cultura e as práticas de manejo do solo. Solos bem estruturados e boas práticas de conservação têm proporcionado um desenvolvimento e produtividade elevada, com uma média de 3.339 kg/ha estimada para o estado.
A ferrugem-asiática representou um desafio significativo para a produtividade da safra, com áreas que tiveram um controle preventivo eficaz obtendo os melhores resultados. Por outro lado, locais com falhas no controle com fungicidas experimentaram perdas de produtividade.
Nas áreas onde a colheita foi concluída, os produtores já estão distribuindo corretivos de acidez do solo e continuando a semeadura de espécies vegetais para a cobertura do solo durante o inverno.